O presépio é uma escola de vida, do qual podemos aprender o segredo da verdadeira felicidade. (Papa Bento XVI)
Estamos no período natalino, festa que se comemora o nascimento de Cristo. Mas eu me pergunto se hoje em 2012 estamos mesmos cientes do real significado do Natal, me pergunto se a alegria que dizemos ter hoje em júbilo a tão grande acontecimento é o mesmo de alguns séculos atrás.
Eu não gosto muito de me prolongar nas minhas mensagens, pois eu estou escrevendo, mas não sei se os meus leitores [você] vão querer ler algo muito extenso, mas me obrigo a fazer uma reflexão aprofundada sobre o Natal, pois de tão importante que é, mais do que merece a minha paciência em refletir e a sua em ler. Peço ao Espirito Santo que guie meus pensamentos e palavras, para que eu não escreva nada que desagrade ao Senhor!
É certo que os tempos mudam e se formos comparar a cultura atual com a de séculos atrás em termos religiosos seria um despropósito, pois é como se fossemos medir um peso em cuja balança a medida não está ajustada logo o resultado seria um erro; mas o que eu quero colocar em discussão se trata exclusivamente da fé do ser humano.
Eu me pergunto: - Como a fé atravessa os séculos??
- Ela permanece a mesma??
- O 'calor' da fé se conserva, ou ela como uma vela a medida que o tempo passa ela se gasta??
- Sabemos que os Cristãos compartilham da fé em Jesus Cristo, mas será que ela age da mesma forma em todos nós??
- E quando o assunto é o Natal nós enquanto cristãos temos a mesma convicção como nossos pais, avós, ancestrais??
Eu sei que na era apostólica quando a igreja primitiva se estabelecia o fervor do povo era mais do que evidente, pois percebemos ao ler o Novo Testamento, que seus autores escreviam como se seus corações ardessem constantemente de alegria, mas e hoje?? o que aconteceu com a chama da nossa fé?? Será que ignoramos o aviso de Jesus quando ele diz para ficarmos sempre alerta e entramos num estágio de letargia??
São muitas perguntas e de fato eu não tenho resposta pra todas elas, mas eu não desejo saber tudo pois só Deus é onisciente, na verdade eu tenho um medo,tenho medo de que a minha convicção seja pequena, tenho medo de viver ignorando os grandes significados da vida, com a chegada do Natal sinto que fosse uma pessoa indigna pra receber tal graça que é a Encarnação do Verbo, eu confio plenamente na vinda de Cristo Salvador, mas por eu ser tão insensível percebo que não dou o devido valor aquele pobre menino na manjedoura.
[clique na imagem para ver amplificado]
Chego a concluir então que o que falta não é uma grande fé, pois o que importa não é a quantidade,mas sim sua sensibilidade; percebo que uma fé insensível é a pior coisa que pode assolar o ser humano, pois é como se fosse jogar fogo no oceano, não serviria pra nada, a chama da fé não se manteria acessa pelo contrário se extinguiria rapidamente sobrando apenas a frieza das águas insensíveis do oceano.
Então nesse período que nos faz repensar na vida, repensemos também na nossa insensibilidade perante os outros e nós mesmos, um coração fechado e frio apenas nos afasta mais do calor do amor divino.
Santo Natal!
Dayane